Na lista de museus a visitar em Lisboa, o Museu da Eletricidade nunca entrou para o top 5. Talvez nem para o top 10. Mas a verdade é que este é um espaço incontornável para quem quer conhecer uma parte diferente da história da cidade.
Na última exposição do World Press Photo, que nos últimos anos tem acontecido na Central Tejo, em Belém, decidi entrar na porta ao lado e ir visitar o museu.
Durante décadas, foi aquela central termoelétrica que iluminou a capital e arredores, empregando centenas de trabalhadores.
Quando entramos somos surpreendidos pela imensidão da sala e de toda a maquinaria. Percorremos a zona das caldeiras, com destaque para a nº15, onde nos é permitido descobrir o seu interior.







Descendo ao piso de baixo, espera-nos a sala dos cinzeiros (onde eram recolhidas as cinzas do carvão queimado), bem como as áreas dos condensadores e dos geradores.
Claro que, ou somos aficionados na matéria, ou tudo torna-se demasiado… técnico e industrial.
Mas alguns espaços ganham a nossa curiosidade (ou pelo menos a de uma leiga na matéria como eu): a história associada à descoberta da eletricidade e um espaço cheio de módulos pedagógicos e de jogos. É destinado aos mais novos, mas nem os adultos resistem em experimentar.
Não saia do museu sem passar os olhos pelos “Rostos da Central Tejo”, uma exposição permanente que presta homenagem aos trabalhadores que por ali passaram.







Esta visita decorreu antes das obras que deram origem ao novo MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, que vai unir a Central Tejo a um novo edifício que está a nascer mesmo ao lado.
A ideia é apresentar exposições nacionais e internacionais com o contributo de vários artistas, arquitetos e pensadores contemporâneos, aliando aquele espaço que é um dos exemplos nacionais de arquitetura industrial da primeira metade do século XX.
A programação deste novo museu já arrancou a 30 de junho em algumas salas renovadas da Central Tejo, mas a inauguração do novo edifício apenas acontecerá no dia 5 de outubro.
Quis deixar aqui o “antes” do Museu da Eletricidade, ficando a promessa de fazer uma visita (e contar tudo aqui, claro) ao “depois”: o novo MAAT.